quinta-feira, 7 de junho de 2007

Anabolizantes

Anabolizantes

Anabolizantes :não se iluda A venda de anabolizantes em drogarias e farmácias - sem retenção da receita médica , nas academias, pela Internet ou trazidos do Paraguai é ilegal. O alerta é da farmacêutica e fiscal sanitarista da Vigilância Sanitária, Giovana Mendes Poy. Ela diz que, embora não sejam considerados entorpecentes ou psicotrópicos, os anabolizantes estão sujeitos a controle com retenção de receita especial. A medida foi regulamentada pela portaria 344, de 12 de maio de 1998, que proíbe a venda das substâncias sem indicação médica. "Os anabolizantes sempre foram vendidos em farmácias, mas, desde que a portaria entrou em vigor, a receita é uma exigência", explica Giovana. Ela diz que o objetivo é burocratizar o processo para dificultar o uso de anabolizantes e conter os abusos. "Antes, qualquer pessoa comprava, agora, é mais difícil", avalia, admitindo que a comercialização ainda não foi totalmente controlada. "As pessoas sempre dão um jeitinho, mas nas vistorias em farmácias podemos comprovar se o controle é feito corretamente". O gerente de loja da Drogaria e Farmácia Catarinense, Maurildo Amorim, diz que a procura diminuiu cerca de 80% desde que a portaria entrou em vigor. "Mesmo quando a venda era liberada, jamais aplicávamos anabolizantes sem receita", lembra. Ele conta que não há qualquer tipo de pudor entre os clientes que consomem anabolizantes. "Eles chegam no balcão e não disfarçam, mas as substâncias mais procuradas exigem, agora, o receituário". Entre os produtos que lideram a lista de preferências dos usuários de anabolizantes estão o Deca-Durabolin (nandrolona) e o Hemogenin (oximetolona), ambos controlados. "Para burlar o controle há até quem utilize doses exageradas de anticoncepcional injetável. A aplicação não é feita na farmácia, mas não podemos impedir a compra, porque os anticoncepcionais têm venda liberada", diz Maurildo. Apesar dos riscos, algumas substâncias - como o Durateston (propionato de testosterona) - continuam liberadas para a venda. "Neste caso, não temos por que impedir que as pessoas levem para casa, mas aplicar na farmácia só com receita", garante Maurildo. De acordo com o gerente de compras Pedro Paulo da Silva, a portaria 344/98 já refletiu nas vendas. "Antes do controle, a procura era bem maior". A venda de Deca-Durabolin 25 mg, por exemplo, reduziu de 40 unidades em dezembro do ano passado para 16 unidades no mês de abril. A comercialização do Deca-Durabolin 50 mg caiu, no mesmo período, de 47 para 20 unidades. "Já a média de vendas do Durateston nas lojas da rede continua sendo de 250 ampolas por mês", compara

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